quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Memórias afectivas e outras memórias

A a memória afectiva da infância, dos ideais de estética, das certezas absolutas, dos medos, dos afectos, do pai, da mãe e da saudosa casa na praia. O cérebro que sente saudades e que se exercita em espasmos esquissados na forma de um rabo de bacalhau! Ora bolas! Imagine-se que a minha mãe tinha tido uma vida de meretriz!! Deveria agora desenhar espaços fálicos com ingressos lânguidos formalmente inspirados no aparelho reprodutor feminino??? Gárgulas que parecem mamilos e dois grandes lábios a ornamentar a pala que dá sombra ao minusculo pátio.
Villa Gronelândia (pérola etnográfica)
Maldita faina de rendeiros e contramestres que ainda hoje evacua quartos em forma de proa, janelas de escotilhas e varandas de tombadilhos. Imprimem-se alçados de estibordo e de bombordo, vistas de proa e de popa. Depois as pérgolas entrelaçadas de trepadeiras, as cascatas que esguicham para a piscina, os canteiros repletos de palmeiras capeados a basalto e no frontão um bem iluminado "Villa Gronelândia". Arquitectura escarrada e cuspida por costas e encostas.
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