terça-feira, 31 de julho de 2007

Cheira a sexo na Patolândia
Parte segunda


Imaginada por Pedro o Grande, São Petersburgo ergue-se em 1703 nas margens do rio Neva. Cidade dos Czares Catarina e Pedro e de pensadores e homens de letras, de sumptuosos palácios, de ruas desenhadas a pedra que choram amores e desamores. Foi numa destas ruas que o nosso jovem ganancioso Raskolhnikov encontra a excêntrica e a lasciva Aliona Ivanovna. Com o belíssimo Palácio Pavlovsky desenhado por Charles Cameron como cenário, vivem um momento endemoninhado e insano debaixo de uma levíssima chuva gélida, que aquieta tanto desejo. Ele colado ao corpo dela, ela de pernas abraçadas ao corpo dele, completamente nus, saciavam um amor reprimido há anos e interrompido vicissitudes da vida, encontros e desencontros e algumas questões de mentalidade. Nem repararam no pombo que casualmente posara num barroco candeeiro de rua, e observava os dois corpos entrelaçados. O mesmo pombo que numa atitude irreflectida e necessária, caga o gracioso vestido de Aliona apressadamente despojado no empedrado da rua. Terovsky, esposo de Aliona, dificilmente acreditaria que um pombo era o culpado de tão suspeita mancha.

2 comentários:

Anónimo disse...

sinto o enredo no ar....porem o tèrmino assusta pois será que romeu e julieta terão algo a ver com isto.......não encontro ainda uma actividade profissional para os herois da nossa historia.... mas suspeito forte tendencia para as artes fálicas deste nosso universo

Anónimo disse...

maldito pombo :)